sábado, 23 de julho de 2011

♫ “Eu to voltando pra casa” ♫

 O que é mais dramático: a última semana de uma novela das 8 9 ou o carro do Rubinho, em 1º lugar (suposição), quebrando na reta final do GP de Fórmula 1 no Brasil? Errou. É a eliminação da Seleção Brasileira de Futebol na Copa América, especialmente qualquer uma a de 2011. Confirmei a suspeita no último domingo, logo após o pirata futebol brasileiro cair diante do autêntico futebol-menino-criativo-alegre paraguaio.

Jamais esquecerei daquele fatídico lusco-cofusco de domingo, quando, enquanto estudava, ouvi a incredulidade de um narrador (creio que da Band) expressar a trágica derrota de um dos principais símbolos (senão o maior, superando a bandeira nacional e a corrupção nativa) patriota desta futebolística nação. Algo irreparável (como o texto épico-esportivo é lindo e comovente!)!


Bem, para ser sincero, eu nem sequer lembrava que a Seleção Federal Brasileira existia jogaria. Foi a voz de lamento e o berreiro do narrador, vinda de uma TV próxima, que me atentou para o momento histórico que eu deixara de presenciar: a Seleção ficara em 8º lugar na Copa América, o que deveria ser proibido por decreto pelo pela presidente Dilma.

Não sei onde eu estava quando o presidente Collor foi convidado a sair de sala se retirar de Brasília, nem quando o Silvio Santos foi sequestrado, ou mesmo quando John Lenon sofreu atentado (até porque sou novinho e tenho rostinho de nenê). Também não sei o que eu fazia quando as Torres Gêmeas, artisticamente, retornaram com desenvoltura para o solo dos humildes. Sempre recordarei, porém (vocês não acham o porém mais charmoso do que o mas?), do que eu fazia quando a Amarelinha ficou pálida. Sinto-me envergonhado. Imaginem o que podem ter pensado os soberanos senhores Pelé e Ronaaaaaaallllddo!!! Que vergonha!

Fiquei sabendo espontaneamente mais detalhes do vexame à noite, na missa, onde encontrei com um colega de escola. Ele me revelou todos os detalhes da partida, tim-tim por tim-tim. Aliás, qualquer informação é detalhe para alguém que não acompanha futebol desde mil novecentos e Fluminense campeão brasileiro (da 1ª divisão).  “Quatro pênaltis perdidos”, disse ele. 


Na expectativa de que o meu colega tivesse se enganado, assistido a outro jogo do qual participara o Obina, fui ao YouTube. Confirmado: quatro pênaltis batidos como se a bola fosse um balde. Parecia que o Elano, Thiago Silva, André Santos e Fred desconheciam a importância que o futebol tem para o Brasil. Foi a única explicação que encontrei.

O esporte está tão penetrado na cultura e na vida em geral do brasileiro que arriscaria sugerir eleições diretas para a escolha dos jogadores e da comissão técnica. Seria uma medida democrática e reduziria desentendimentos em rodinhas de amigos sobre críticas às convocações dos atletas, por exemplo. Mas Porém, corre-se o risco de reais atletas deixarem de ir à Copa devido a habilidades de políticos profissionais. Não creio que o Sarney e o Tiririca saibam bater pênaltis melhor do que o Elano, Thiago Silva, André Santos e Fred... ou creio?

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